quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Parentes do pedreiro Amarildo são ameaçados


Sete parentes do pedreiro Amarildo de Souza, de 47 anos (foto),desaparecido desde o último domingo, na Favela da Rocinha, Zona Sul do Rio, se reúnem na tarde desta quinta com secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, com o delegado da 15ª DP (Gávea), Orlando Zaccone, e com o deputado estadual Marcelo Freixo, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj). Eles pedem providências sobre o caso. De acordo com a sobrinha do pedreiro, a estudante de Artes Cênicas Michelle Lacerda, de 26 anos, Amarildo havia voltado de uma pescaria e limpava os peixes na porta de casa quando foi chamado por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade para averiguação.
Cartaz está espalhado em todas as comunidades
– Os PMs da UPP tentam criar uma fábrica de marginais na Rocinha. Torturam e revistam qualquer um, são truculentos – disse Michelle.
Filho de Amarildo, Anderson Gomes, de 21 anos, disse que a família está sendo ameaçada de morte por PMs:
– Tem um ‘bonde’ de uns 15 PMs que agem como xerifes da Rocinha, ameaçando de morte e falando de qualquer jeito com a gente.
Manifestantes exigem providências das autoridades

O deputado Marcelo Freixo contou que a Comissão de Direitos Humanos acompanha o caso desde o dia do sumiço do pedreiro.
– Esse diálogo (com Beltrame) é importantíssimo e imprescindível. É um caso q precisa ser esclarecido logo – disse ele.
A reunião acontece, a portas fechadas, no prédio da Secretaria de Segurança, na Central do Brasil.
Moradores fizeram protesto
Na noite desta quarta-feira, um grupo de moradores da Rocinha fizeram uma manifestação em frente a um dos acessos à favela, na Autoestrada Lagoa-Barra, e fecharam parcialmente a via. Eles protestavam contra os policiais da UPP, a quem responsabilizam pelo desaparecimento de Amarildo.
Segundo a assessoria de imprensa do Comando de Polícia Pacificadora (CPP), Amarildo foi levado para a base da unidade da Rocinha no domingo de manhã, por se parecer com um suspeito procurado pelos policiais. Ao constatar que não se tratava da mesma pessoa, a polícia teria liberado Amarildo. O CPP não soube informar quem era o suposto suspeito e tampouco quanto tempo Amarildo ficou na base da UPP.

Fonte: Jornal  Extra (18/07/2013) 



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